domingo, julho 21, 2013

E lá se foi um ano...

Eis que no dia 09 de Julho de 2012 eu chegava nos States.
E há um ano, na sexta-feira 13, encontrei minha HF.




Pois é, minha gente, já se passou um ano desde que cheguei na terra do Tio Sam.
Às vezes parece que passou tão rápido. Mas se eu paro para analisar tudo o que já fiz, tudo o que já aprendi e as tantas coisas que aconteceram nesse ano que passou, eu percebo que o não passou tão rápido assim. E que todo esse tempo foi bem aproveitado.

Durante o meu primeiro ano eu já...
- Estudei em 2 colleges e 1 universidade;
- Fiz 3 cursos de ingles e 3 cursos na minha área;
- Viajei pra New York, Kansas, Califórnia, Cancun, Colorado e South Dakota;
- Me apaixonei demais pela minha hostbaby;
- Aprendi a controlar as manhas da minha baby e a ceder um monte também e fazer muitas das vontades dela (pq ela é minha fofuxa linda);
- Tirei muita nap (soninho durante o dia) enquanto minha baby dormia;
- Vi minha baby aprender a sentar sozinha, engatinhar, andar, correr, falar... e morro de orgulho! haha
- Conheci e fiz amizades com au pairs (e não au pairs) de vários países como África do Sul, Alemanha, Turquia, Colombia, República Tcheca, Itália, Japão, China e Brasil;
- Aprendi algumas palavras em Japonês como Ohaio (bom dia) e Kawaii (cute);
- Estou tentando aprender outras em Alemão;
- E tentando melhorar o meu Espanhol;
- Também já tentei praticar meu (portu)espanhol e só consegui pensar em inglês ou português (o que foi divertido e embaraçoso ao mesmo tempo);
- Dei boas vindas para várias novas au pairs, e já dei alguns tchaus também, mas as piores despedias ainda estão por vir;    :-(
- Amei e odiei minha host family por alguns momentos; Mas ainda acho que eles são os melhores hosts ever!
- Me decepcionei com pessoas, mas também tive muitos momentos felizes;
- Decepcionei pessoas, mas também fiz alguém feliz =)
- Paguei muito mico falando inglês (ou tentando falar! hahaha)
- Aprendi a diferença entre as pronúncias de sheet e shit, beach e bitch, etc (btw, quero fazer um post sobre isso)
- Estudei e procrastinei (ando procrastinando A LOT ultimamente)
- Aprendi e ensinei
- Perdi e ganhei...

Às vezes eu penso em toda aquela aflição do começo do processo:
- Primeira ida na agência,
- Preenchimento do app.
- Vídeo,
- Dias e dias de estudo, tentando falar em inglês, tentando imaginar como seria essa experiência,
- A espera online,
- Os emails e skypes com as famílias,
- A espera pelo match,
- O visto, ah meu Deus, o bendito visto!
- As pessoas que estavam do meu lado, tão importantes e especiais. Que me deram apoio, carinho, me aturaram falando de Au Pair 24h por dia, 7 dias por semana, mesmo que não fosse fácil pensar nisso.
Hoje estou aqui! E já se passou um ano! Um ano inteirinho! Estou vivendo tudo aquilo que eu sonhei. Que eu tanto me esforcei pra conseguir.
Agora, toda aquela angustia já nem tem mais tanto peso na minha memória. Parece parte natural do processo. Porque precisamos trabalhar hard pra conseguir realizar os nossos sonhos. E se assim o fizemos, a recompensa vem.

Não é fácil. Sempre que tomamos uma decisão, temos que abrir mão de algumas coisas. A decisão de fazer um ano de intercâmbio não foi fácil. Mas foi, com certeza, muito importante na minha vida, no meu crescimento, e para a minha realização pessoal.


Parece que foi ontem que eu abracei, apertado, minha mãe no aeroporto de Porto Alegre,
Naquele dia eu pensei: "um longo ano está por vir"
Pensei até que seria difícil...
O ano foi longo, mas não daqueles longos que parece não acabar mais. Teve a duração certa. E não foi de todo fácil, mas muito "menos difícil" do que parecia.
Viver numa casa que não é tua, com pessoas que tem outro estilo de vida, manias diferentes, tudo diferente não é fácil.
Ter que falar numa língua que tu não dominas, passando por situações que seriam difícil até mesmo se tu tivestes no teu país de origem, não é fácil.
Ficar longe das pessoas que a gente ama, sem ter aquele abraço apertado ou um colinho quando a gente precisa... também não é fácil.
Mas os desafios estão aí para serem "desafiados". Para serem superados.
Se temos metas para cumprir, sonhos para realizar, as situações difícies se tornam apenas pequenos desafios do dia a dia, e muito mais fáceis de serem superados.
É preciso ter foco e força de vontade. Além de paciência... Porque essa vida de "au poor" não é fácil, mas seria ainda mais difícil se não tivesse um propósito.

Muitas coisas (boas e nem tão boas) aconteceram durante esse ano. Eu aprendi, cresci. Fui abençoada com um ano cheio de momentos e pessoas inesquecíveis.

Obrigada aos leitores do blog por me acompanharem desde o comecinho
Obrigada à minha família e amigos 
Vocês fazem meus dias mais felizes!

Agora começa mais um ano...


E que ele seja muito bem vindo!

quinta-feira, julho 11, 2013

Amizades de Au Pair

E hoje o assunto é... Amizade.

Com os últimos acontecimentos da minha vida, tenho andado meio pensativa, refletindo sobre a vida au pairiana... E eis que tive a ideia de falar sobre amizades

Amizade Brasileira

Marcado para o dia 22 de junho, a manifestação em apoio aos protestos que estão acontecendo no Brasil começou a tomar forma, e uma multidão de brasileiros (não tão grande assim, mas bem maior do que eu esperava) foi se formando. Não imaginava que tinha tantos brasileiros em San Antonio! Nós realmente estamos everywhere! hahaha
Assistindo Brasil x Espanha 

Chegando o dia, a surpresa foi bem positiva. E o protesto não acabou em pizza, mas em churrasco!
Podia ser melhor?

Conhecer essa brasileirada fez bem pra alma, sabe?! Porque chega a um ponto que é preciso renovar, aumentar o círculo social, novas conversas, novas risadas... Se sentir em casa mesmo estando tão longe.
Não que sempre vai ser tão fácil encontrar amigos (ou parceiros) por aí, mas acho que vale a pena tentar.

Mas uma coisa que eu tenho tentado não fazer é me cercar somente de brasileiros e esquecer o meu principal objetivo com o intercâmbio. Que é o inglês.
E passando meu tempo off só com brasileiros não vou dizer que atrapalha, mas também não ajuda muito, né?!

Dicas de como encontrar brasileiros na cidade onde vc mora:
- Pesquise no Face por "Brasileiros em (nome da cidade)"
- Faça as pesquisas em inglês e português
- Use todas as variações do nome da cidade (Por exemplo: San Antonio, SA)
- Pesquise em cidades vizinhas e no estado
- Pesquisa também no grupo

O legal é que a gente acaba conhecendo gente que não é au pair, que tem uma experiência diferente para compartilhar.



Amizade Americana

Acho que esse é o maior desafio. Mas, não é impossível. E, na minha opinião, é muito legal poder aprender um pouquinho mais da cultura e da língua, falando com americanos (além da host family). A gente aprende piadas, costumes, gírias, etc.
Assistindo Spurs (San Antonio basketball time) x Miami
semifinal

Possíveis locais e formas de fazer amizade com nativos...
- Quando levamos as kids para a Story Time
- Se fizermos aulas que não sejam de ingles em Colleges e Universidades
- Na starbucks enquanto le um livro, ou toma um café
- Na vizinhança
- Na igreja
- No parque
- Nos playdates
- Com amigos da host family

Amizade Aupairiana

Brasil e Alemanha 
Procure ter um grupo intercultural de amigas(os) au pairs. Nada de ficar andando só com brasileiros e ficar falando português o tempo inteiro. Até mesmo com os brazucas dá pra treinar o inglês.
Lembro que no início, minha amiga Angra ficava falando comigo em inglês, mandando mensagem, etc. E eu pensava: "que guria loka, podendo falar comigo em português..."  Agora eu adoro e as vezes me pego falando em inglês com minha mãe heheh (que nem entende, tadinha)
É o processo de imersão na cultura, e acaba que algumas vezes a palavra certa em português some! E eu acabo tendo que falar em inglês e tentar explicar o que isso significa em português.

Mas por que eu acho que "amizades internacionais" são importantes? Porque a gente aprende mais sobre outras culturas, e acaba ajudando no inglês também. Mesmo nossas colegas au pairs tenham dificuldade com a lingua também. Uma ajuda a outra e ambas vão aprendendo.

Hoje em dia, passamos muito tempo em contato com a nossa família a amigos que estão no Brasil. Isso é ótimo, porque ajuda a evitar, ou curar, a chata da homesickness. Mas ao mesmo tempo, dá uma desacelerada no nosso aprendizado. E se fizermos amizade somente com au pairs brasileiras por aqui, o único meio de falar ingles vai ser a host family e nas aulas. Tornando o processo todo mais lento.

Fora que amizades ou as parcerias (pq nem sempre podemos confirar tanto nas pessoas pra chamá-las, não é mesmo?!) vão ajudar a preencher com sorrisos os nossos momentos off. =)

Os meetings das agencias são uma boa oportunidade para fazer a social e programar encontros mais divertidos como pool parties, festas, passeios, idas ao cinema, compras, viagens, sleepovers, game nights, etc...


segunda-feira, julho 08, 2013

O mais importante requisito...

Hey folks,
What's up?

Eis que eu estava aqui, refletindo sobre a vida de au pair e me dei conta de uma coisa (com a ajuda da minha amiga Mayara, que estava indo ser au pair na Holanda, mas agora se preparando para ser au pair nos States). Quais são os requisitos para ser au pair? E o que é importante?

Para ser au pair (nos Estados Unidos, com algumas poucas alterações em outros países), a candidata ou candidato precisa atender aos seguintes requisitos:

- Ter entre 18 e 26 anos;
- Sexo Feminino;
- Ser solteira e sem filhos;
- Conhecimento intermediário de inglês;
- Gostar de crianças;
- Ter 200 horas de experiências com crianças nos últimos 3 anos;
- Ter concluído o Ensino Médio;
- Carteira de motorista.


Muitas vezes ficamos indignadas com essa história do nível de inglês, por exemplo, mas todos esses pré-requisitos existem por algum motivo.
Vou falar do inglês porque é o que mais nos deixa em dúvida, com medo e indignados ao mesmo tempo, não é mesmo?

O nível intermediário de inglês é importante porque precisamos SIM saber nos comunicar.
Precisamos sim entender o que as crianças dizem. Pelo menos o essencial.
Precisamos, antes disso, saber pedir informação no aeroporto.
Precisamos ter o que falar com a host family quando encontramos com eles a primeira vez, no caminho até a nossa nova casa.
Precisamos nos comunicar com as pessoas até conseguirmos entrar em algum curso de inglês, e mesmo durante ele.
O termo intermediário não é o que importa, o que importa é que saibas te comunicar, mesmo que seja o básico, mas com uma certa dominância daquilo que vimos em todos os grupos de au pair (que envolve vocabulario de au pair, o que fazer e falar situações de emergência, etc).
Isso é muito importante! E é fácil de aprender, só precisa estudar.

Mas, para mim, o mais importante requisito para ser au pair é...  a Conversa!
A tal da conversa é o requisito que é mais assustador pra cumprir. Eu sei, porque já passei por isso.


Dá uma conferida nos momentos em que é importante conversar:

- Lá no início do programa, quando ainda estamos 'skypeando' com as potenciais host families
Por que saber conversar é importante nessa fase?
É importante, porque precisamos perguntar sobre tudo o que pode diminuir (ou aumentar) as chances do nosso intercâmbio ser um sucesso! Também precisamos saber conversar para contar para eles sobre as nossas expectativas sonhadoras realistas com o programa de au pair.
Mas aí é fácil, né?!
É mais ou menos, porque com a emoção de ter uma family no perfil, a tendência é que tudo pareça perfeito. Não se iluda e pense nos prós e contras da rotina e expectativas da possível futura família. Pergunte sobre tudo o que é importante para ti!

- Quando chega na casa da família
... aí é que o bixo pega! Principalmente quando a primeira parte não foi bem feita. É aqui que a coisa começa a ficar difícil.
Na minha opinião, vamos precisar conversar com a host family sobre
** Como foi o dia da(s) kid(s)
** Como está sendo a tua experiência morando com eles
** E se tem alguma coisa que deveria mudar, ou melhorar
Se a au pair chega na casa da fanília e já encontra alguma situação que já sabe que vai dar problema, conversa! Não deixem passar algo que vcs realmente não gostam ou não se sentem bem só porque acabou de chegar na casa da família.
A dica é sempre fazer a "reclamação" em forma de pergunta. Por exemplo, "Fulana, como é mesmo que vai funcionar o meu schedule? Ah, eu tinha entendido que seria assim..." Agora não me vem mais exemplos práticos na cabeça, mas se fazer de desentendida e ao mesmo tempo mostrar que tu percebeste a mudança é sempre uma boa dica.

Outra coisa, se for reclamar de algo que não está bom, dê alguma sugestão. 
Reclamar por reclamar só gera mais mal estar.
Eu, por exemplo, antes de reclamar que só ficava em casa com a minha baby, comecei a dar exemplos do que outras au pairs fazem de atividade com babies da mesma idade da minha. Pesquiso lugares que posso levar ela e mostro pra family, pergunto o que eles acham... mostro que estou interessada no desenvolvimento dela. E os hosts gostam disso, de saber que nos interessamos pelos nossos pestinhas =)


Eu estava lendo informações de como ser au pair na Holanda, e no documento de uma agência tinha a seguinte frase como responsabilidade da au pair: "I shall make every effort to resolve any differences with my host family." ("Eu devo fazer todo o esforço para resolver qualquer diferença com minha host family")
É chato, mas é necessário. Esse tal de Au Pair program é um desafio tanto para nós como para as host families. E os dois lados precisam estar dispostos a tentar fazer com que dê certo.
Por isso, na minha opinião, o requisito mais importante do programa é a conversa.

 Mas não vamos brincar de telefone sem fio, né!? hehehe

E pra vocês, qual é o mais importante requisito para ser um(a) au pair?!
Comenta aí! =)